Era Setembro e todas as coisas faziam sentido. O fim eminente do estio, um outono que se avizinha sereno, sem pressas, como tudo o que acontece por aqui.
Salsa e Alecrim nasceu há uns meses. Esteve no limbo. Vê agora a luz da manhã, tal como o primeiro filhote da gata Milu, que não pára de miar porque ainda não sabe como se come. Ou talvez sinta a falta dos irmãos, que se resguardam, enquanto não chega a hora, ainda dentro da mãe.
A Milu acordou-me às quatro da manhã com fortes arranhadelas na porta do quarto. Chamava por mim. Tentei deitar-me de novo, mas passado pouco tempo uma nova investida fez-me decidir a levantar-me de vez. Sossegou quando percebeu que eu ficaria por perto. Não sei o que espera de mim, mas há gatas que têm destas coisas…
Ora nestes entretanto, nasce o segundo: todo amarelo, como o suposto pai. Nem dei por ela! Pelo volume da Milu esperam-se mais dois: aceito candidatos que comprovem entender os gatos. E as gatas!